As figuras de
linguagem ou
de estilo são empregadas para valorizar o texto,
tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso lingüístico para expressar
experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade
ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as
produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. A palavra empregada
em sentido figurado, não- denotativo, passa a pertencer a outro campo de
significação, mais amplo e criativo.
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Níveis da Linguagem
A Linguagem e os processos de Comunicação
A Linguagem na Redação
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As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de palavra;
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
b) figuras de harmonia;
c) figuras de pensamento;
d) figuras de construção ou sintaxe.
FIGURAS DE PALAVRA
As figuras de palavra são figuras de linguagem que
consistem no emprego de um termo com sentido diferente daquele
convencionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais expressivo na
comunicação.
São figuras de palavras:
a) comparação e) catacrese
b) metáfora f) sinestesia
c) metonímia
g) antonomásia
d) sinédoque h) alegoria
Comparação: Ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre
dois elementos que se identificam, ligados por conectivos comparativos
explícitos - feito, assim como, tal, como, tal qual, tal como, qual, que nem -
e alguns verbos - parecer, assemelhar-se e outros.
Exemplos: "Amou daquela vez como se fosse máquina.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Beijou sua mulher como se fosse lógico.
Metáfora: Ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de
uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A
metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o
conectivo não está expresso, mas subentendido.
Exemplo: "Supondo o espírito humano uma
vasta concha, o
meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrairpérolas, que é a razão."
Metonímia: Ocorre metonímia quando há substituição de uma palavra por
outra, havendo entre ambas algum grau de semelhança, relação, proximidade de
sentido ou implicação mútua. Tal substituição fundamenta-se numa relação
objetiva, real, realizando-se de inúmeros modos:
a causa pelo efeito e vice-versa:
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
2 Com trabalho.
"E assim o operário ia
Com suor e com cimento 2
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento."
2 Com trabalho.
o lugar de origem ou de produção pelo produto:
Comprei uma garrafa do legítimo porto 3.
3 O vinho da cidade do Porto.
Comprei uma garrafa do legítimo porto 3.
3 O vinho da cidade do Porto.
o autor pela obra:
Ela parecia ler Jorge Amado 4.
4 A obra de Jorge Amado.
Ela parecia ler Jorge Amado 4.
4 A obra de Jorge Amado.
o abstrato pelo concreto e vice-versa:
Não devemos contar com o seu coração 5.
5 Sentimento, sensibilidade.
Não devemos contar com o seu coração 5.
5 Sentimento, sensibilidade.
Sinédoque: Ocorre sinédoque quando há substituição de um termo por
outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra numa relação
quantitativa. Encontramos sinédoque nos seguintes casos:
o todo pela parte e vice-versa:
"A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2de seu cavalo."
1 O povo. 2 Parte das patas.
"A cidade inteira 1 viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos 2de seu cavalo."
1 O povo. 2 Parte das patas.
o singular pelo plural e vice-versa:
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas.
O paulista 3 é tímido; o carioca 4, atrevido.
3 Todos os paulistas. 4 Todos os cariocas.
o indivíduo pela espécie (nome próprio pelo nome comum):
Para os artistas ele foi um mecenas 5.
5 Protetor.
Para os artistas ele foi um mecenas 5.
5 Protetor.
Modernamente, a metonímia engloba a sinédoque.
Catacrese: A catacrese é um tipo de especial de metáfora, "é uma
espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de
inovação, de criação individual e pitoresca. É a metáfora tornada hábito
lingüístico, já fora do âmbito estilístico." (Othon M. Garcia)
Exemplos: folhas de livro, pele de tomate, dente de alho, montar em burro, céu da boca, cabeça de prego,mão de
direção, ventre da terra, asa da xícara, sacar dinheiro no banco.
Sinestesia: A sinestesia consiste na fusão de sensações diferentes
numa mesma expressão. Essas sensações podem ser físicas (gustação, audição,
visão, olfato e tato) ou psicológicas (subjetivas).
Exemplo: "A minha primeira recordação é um
muro velho, no quintal de uma casa indefinível. Tinha várias feridas no reboco
e veludo de musgo. Milagrosa aquela mancha verde [sensação visual] e úmida, macia[sensações táteis], quase irreal." (Augusto Meyer)
Antonomásia: Ocorre antonomásia quando designamos uma pessoa por uma
qualidade, característica ou fato que a distingue.
Na linguagem coloquial, antonomásia é o mesmo que apelido,
alcunha ou cognome, cuja origem é um aposto (descritivo, especificativo etc.)
do nome próprio.
Exemplos:
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
"E ao rabi simples1, que a igualdade prega,
Rasga e enlameia a túnica inconsútil;
1 Cristo
Pelé (= Edson Arantes do Nascimento)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
O poeta dos escravos (= Castro Alves)
O Dante Negro (= Cruz e Souza)
O Corso (= Napoleão)
Alegoria: A alegoria é uma acumulação de metáforas referindo-se ao
mesmo objeto; é uma figura poética que consiste em expressar uma situação
global por meio de outra que a evoque e intensifique o seu significado. Na
alegoria, todas as palavras estão transladadas para um plano que não lhes é
comum e oferecem dois sentidos completos e perfeitos - um referencial e outro
metafórico.
Exemplo: "A vida é uma ópera, é uma grande
ópera. O tenor e o barítono lutam pelo soprano, em presença do baixo e dos
comprimários, quando não são o soprano e o contralto que lutam pelo tenor, em
presença do mesmo baixo e dos mesmos comprimários. Há coros numerosos, muitos
bailados, e a orquestra é excelente... (Machado
de Assis)
FIGURAS DE HARMONIA
Chamam-se figuras de som ou de harmonia os efeitos
produzidos na linguagem quando há repetição de sons ou, ainda, quando se
procura "imitar"sons produzidos por coisas ou seres.
As figuras de linguagem de harmonia ou de som são:
a) aliteração c) assonância
b) paronomásia d) onomatopéia
Aliteração: Ocorre aliteração quando há repetição da mesma consoante
ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra.
Exemplo: "Toda gente homenageia Januária
na janela."
Assonância: Ocorre assonância quando há repetição da mesma vogal ao
longo de um verso ou poema.
Exemplo: "Sou Ana, da cama
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
da cana, fulana, bacana
Sou Ana de Amsterdam."
Paronomásia: Ocorre paronomásia quando há reprodução de sons
semelhantes em palavras de significados diferentes.
Exemplo: "Berro pelo aterro pelo
desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe."
Onomatopéia: Ocorre quando uma palavra ou conjunto de palavras imita um
ruído ou som.
Exemplo: "O silêncio fresco despenca das
árvores.
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
Veio de longe, das planícies altas,
Dos cerrados onde o guaxe passe rápido...
Vvvvvvvv... passou."
FIGURAS DE PENSAMENTO
As figuras de pensamento são recursos de linguagem que se
referem ao significado das palavras, ao seu aspecto semântico.
São figuras de linguaem de pensamento:
a) antítese d) apóstrofe g) paradoxo
b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
b) eufemismo e) gradação h) hipérbole
c) ironia f) prosopopéia i) perífrase
Antítese: Ocorre antítese quando há aproximação de palavras ou
expressões de sentidos opostos.
Exemplo: "Amigos ou inimigos estão, amiúde, em posições trocadas. Uns nos querem mal, e fazem-nosbem. Outros
nos almejam o bem, e
nos trazem o mal." (Rui Barbosa)
Apóstrofe: Ocorre apóstrofe quando há invocação de uma pessoa ou
algo, real ou imaginário, que pode estar presente ou ausente. Corresponde ao
vocativo na análise sintática e é utilizada para dar ênfase à expressão.
Exemplo: "Deus! ó Deus!
onde estás, que não respondes?" (Castro
Alves)
Paradoxo: Ocorre paradoxo não apenas na aproximação de palavras de
sentido oposto, mas também na de idéias que se contradizem referindo-se ao
mesmo termo. É uma verdade enunciada com aparência de mentira. Oxímoro (ou
oximoron) é outra designação para paradoxo.
Exemplo: "Amor é fogo que arde sem
se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;" (Camões)
Eufemismo: Ocorre eufemismo quando uma palavra ou expressão é empregada
para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante.
Exemplo: "E pela paz derradeira1 que
enfim vai nos redimir Deus lhe pague" (Chico
Buarque)
1 paz derradeira: morte
1 paz derradeira: morte
Gradação: Ocorre gradação quando há uma seqüência de palavras que
intensificam uma mesma idéia.
Exemplo: "Aqui... além... mais longe por
onde eu movo o passo." (Castro
Alves)
Hipérbole: Ocorre hipérbole quando há exagero de uma idéia, a fim de
proporcionar uma imagem emocionante e de impacto.
Exemplo: "Rios te correrão dos olhos, se
chorares!" (Olavo Bilac)
Ironia: Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação, pela
contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações
parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica.
Exemplo: "Moça linda, bem tratada,
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
três séculos de família,
burra como uma porta:
um amor." (Mário de Andrade)
Prosopopéia: Ocorre prosopopéia (ou animização ou personificação)
quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios
de seres animados a seres inanimados ou imaginários.
Também a atribuição de características humanas a seres
animados constitui prosopopéia o que é comum nas fábulas e nos apólogos, como
este exemplo de Mário de Quintana: "O peixinho (...) silencioso e
levemente melancólico..."
Exemplos: "... os rios vão carregando as
queixas do caminho." (Raul
Bopp)
Um frio inteligente (...) percorria o jardim..." (Clarice Lispector)
Perífrase: Ocorre perífrase quando se cria um torneio de palavras
para expressar algum objeto, acidente geográfico ou situação que não se quer
nomear.
Exemplo: "Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil." (André Filho)
FIGURAS DE SINTAXE
As figuras de sintaxe ou de construção dizem respeito a
desvios em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem,
possíveis repetições ou omissões.
Elas podem ser construídas por:
a) omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
b) repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto;
c) inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
d) ruptura: anacoluto;
e) concordância ideológica: silepse.
Portanto, são figuras de linguagem de construção ou
sintaxe:
a) assíndeto e) elipse i) zeugma
b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto
c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise
d) hipálage h) anacoluto m) silepse
b) anáfora f) pleonasmo j) polissíndeto
c) anástrofe g) hiperbato l) sínquise
d) hipálage h) anacoluto m) silepse
Assíndeto: Ocorre assíndeto quando orações ou palavras deveriam vir
ligadas por conjunções coordenativas, aparecem justapostas ou separadas por
vírgulas.
Exigem do leitor atenção maior no exame de cada fato, por
exigência das pausas rítmicas (vírgulas).
Exemplo: "Não nos movemos, as mãos é que
se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se,
fundindo-se." (Machado de
Assis)
Elipse: Ocorre elipse quando omitimos um termo ou oração que
facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na
supressão de pronomes,
conjunções, preposições ou verbos. É um poderoso recurso de concisão e
dinamismo.
Exemplo: "Veio
sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas."
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
1 Elipse do pronome ela (Ela veio) e da preposição de (de sandálias...)
Zeugma: Ocorre zeugma quando um termo já expresso na frase é
suprimido, ficando subentendida sua repetição.
Exemplo:
"Foi saqueada a vida, e assassinados os partidários dos Felipes." 1
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
1 Zeugma do verbo: "e foram assassinados..."
Anáfora: Ocorre anáfora quando há repetição intencional de palavras
no início de um período, frase ou verso.
Exemplo: "Depois o areal extenso...
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Depois o oceano de pó...
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só..." (Castro Alves)
Pleonasmo: Ocorre pleonasmo quando há repetição da mesma idéia, isto
é, redundância de significado.
a) Pleonasmo literário: É o uso de palavras redundantes para reforçar uma idéia,
tanto do ponto de vista semântico quanto do ponto de vista sintático. Usado
como um recurso estilístico, enriquece a expressão, dando ênfase à mensagem.
Exemplo: "Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quando em visão com os da saudade via." (Alberto de Oliveira)
"Ó mar salgado, quando do teu sal
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
São lágrimas de Portugal" (Fernando Pessoa)
b) Pleonasmo vicioso: É o
desdobramento de idéias que já estavam implícitas em palavras anteriormente
expressas. Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois não têm valor de
reforço de uma idéia, sendo apenas fruto do descobrimento do sentido real das
palavras.
Exemplos: subir para cima, entrar para dentro, repetir de novo, ouvir com os ouvidos, hemorragia de sangue, monopólio
exclusivo, breve alocução,
principal protagonista
Polissíndeto: Ocorre polissíndeto quando há repetição enfática de uma
conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical ( geralmente
a conjunção e). É um recurso que sugere movimentos ininterruptos ou
vertiginosos.
Exemplo: "Vão chegando as burguesinhas
pobres,
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
e as criadas das burguesinhas ricas
e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza." (Manuel Bandeira)
Anástrofe: Ocorre anástrofe quando há uma simples inversão de
palavras vizinhas (determinante / determinado).
Exemplo: "Tão leve estou 1 que
nem sombra tenho." (Mário
Quintana)
1 Estou tão leve...
1 Estou tão leve...
Hipérbato: Ocorre hipérbato quando há uma inversão completa de
membros da frase.
Exemplo:
"Passeiam à tarde, as belas na Avenida. " 1 (Carlos Drummond de Andrade)
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
1 As belas passeiam na Avenida à tarde.
Sínquise: Ocorre sínquise quando há uma inversão violenta de
distantes partes da frase. É um hipérbato exagerado.
Exemplo:
"A grita se alevanta ao Céu, da gente. " 1 (Camões)
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
1 A grita da gente se alevanta ao Céu.
Hipálage: Ocorre hipálage quando há inversão da posição do adjetivo:
uma qualidade que pertence a uma objeto é atribuída a outro, na mesma
frase.
Exemplo:
"... as lojas
loquazes dos barbeiros." 2 (Eça de Queiros)
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
2 ... as lojas dos barbeiros loquazes.
Anacoluto: Ocorre anacoluto quando há interrupção do plano sintático
com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do
período deixa um ou mais termos - que não apresentam função sintática definida
- desprendidos dos demais, geralmente depois de uma pausa sensível.
Exemplo: "Essas empregadas de hoje,
não se pode confiar nelas." (Alcântara
Machado)
Silepse: Ocorre
silepse quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a
elas associada.
a) Silepse de gênero: Ocorre
quando há discordância entre os gêneros gramaticais (feminino ou masculino).
Exemplo: "Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito." (Guimarães Rosa)
b) Silepse de número: Ocorre
quando há discordância envolvendo o número gramatical (singular ou plural).
Exemplo: Corria gente de
todos lados, e gritavam." (Mário Barreto)
c) Silepse de pessoa: Ocorre
quando há discordância entre o sujeito expresso e a pessoa verbal: o sujeito
que fala ou escreve se inclui no sujeito enunciado.
Exemplo: "Na noite seguinte estávamos reunidas
algumas pessoas." (Machado
de Assis)
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