2950 a.C. - Fo-Hi, um dos grandes iniciados hindus, é encarregado de
levar a reforma espiritual à China. Continuando o trabalho de Krishna e sendo
integrante do chamado Conselho dos Deuses, Fo-hi adapta a sabedoria de Krishna
à cultura chinesa. Sua característica é mais prática que purista, do ponto de
vista espiritual. Sua obra monumental foi feita em 5 livros, inteligíveis apenas
para os que realmente foram iniciados nas suas origens. Adotando o nome de
Reis, assim como fez a Bíblia, tornaram-se ao mesmo tempo populares pelas
qualidades adivinhatórias, sempre acessíveis ao interesse do vulgo. Os Kings ou Chings são: I-Ching, Chu-Ching, Chi-Ching,
Li-Ching e Yo-Ching. O primeiro se tornou mais conhecido, baseado nas leis
cósmicas, serviu de modelo e inspiração a futuros filósofos chineses. A
qualidade profética e popular da obra foi uma versão chinesa das profecias
délficas e sibilinas, dos vários Tarots e das atuais cartas do baralho,
perpetuando os mistérios na mente popular.
2900
a.C. -
Segundo os historiadores antigos, a cidade de Sidon, na Fenícia, remontaria a
esta data.
2900-2500
a.C. - Período de Uruk, a mais poderosa cidade suméria. A fundação
de Uruk é magnificamente retratada no poema babilônico A Ascensão de Ichtar.
Durante uma assembléia de deuses Anu (o Céu), que estava eufórico, deu a Ichtar
(Inanna) preciosos vestidos e colares, além de "Forças Divinas". Inanna
vem de E-anna, que significa "Casa Celeste", numa clara alusão à Casa
- manifestação material do Signo, a contraparte feminina do Pai, a Mãe. Anu diz
que "Graças ao meu Poder quero dar a Ichtar, à minha filha pura, o
domínio, a divina Essência e a Coroa; quero dar-lhe o Trono real, o alto cetro,
o sublime templo". Ichtar, a pura, aceitou tudo. Recuperado da embriaguez,
Anu tentou por todos os meios retomar os bens, mas Ichtar, defendendo-os
habilmente, instalou-se em seu novo templo, em Uruk. Lá construiu um templo a
Dumuzi, seu amante (na verdade Dumuzi-Apsu ou o "Filho Legítimo de
Apsu").
Apsu é a personificação do Abismo, do Caos Primordial.
Segundo a lenda, Dumuzi era um valente rapaz que um dia, ao afundar com seu
barco, desceu ao inferno. Lá chegando, os espíritos o detiveram como
prisioneiro. Neste episódio desenrola-se um dos mais belos poemas babilônicos:
A Descida de Ichtar aos Infernos. Quando Ichtar vê que raptaram seu amante, vai
desesperada e agressivamente bater no portal dos infernos para resgatá-lo, em
Arallu, a cidade dos mortos. Vai ter com Erechquigal, sua irmã e rainha dos
infernos. Ela deixa Ichtar passar mas, atendo-se às normas, desde a primeira
"porta-dupla" vai despojando Ichtar de todas as suas vestes: primeiro
a coroa, depois os brincos, o colar, o peitoral, a cinta, os braceletes e por
último, na sétima porta dupla, a veste. Como todos os que se apresentam à
rainha, Ichtar vai completamente nua. Elas brigam e a rainha arremessa Ichtar
às sessenta doenças.
Enquanto isso, na terra, com o desaparecimento de Deusa da
Fertilidade, a vida amorosa extinguiu-se totalmente. Os animais não se
acasalaram, os homens não procuram a esposa nem a amante. Pela intercessão de
Ea (ou Enquil), deus da Terra, que tinha certa jurisdição sobre o subsolo,
Erechquigal decide libertar Ichtar aspergindo-lhe a "Água da Vida",
curando-a dos males e devolvendo-a a Uruk com todos os adereços originais. Seu
amante consegue permissão para retornar, mas Ichtar deve, a cada verão, quando
o grão é ceifado, deixar Dumuzi ser levado por sete demônios, que o levam a
Arallu até a próxima primavera. Dumuzi tornou-se o popular "Senhor dos
recintos e dos rebanhos". Todo o ano representações da saga eram feitas
pelo povo, com o retorno de Dumuzi ao tálamo adornado, situado no E-anna. A
cerimônia era representada pelo rei (Dumuzi) e pela Grande Sacerdotisa (Inanna),
celebrando o início da primavera, o ano novo sumério. Este mito propagou-se
pelos hebreus e
pelos gregos, onde o trono de Adônis era disputado por Vênus e Prosérpina.
O culto a Ichtar e
os Benjamitas
É muito importante termos em conta esta lenda para
entendermos a destruição da tribo de Benjamim 1500 anos depois. A destruição
dos cultos à Mãe, com o monoteísmo patriarcal, não poderia ter ocorrido sem que
se torna-se estéril a criação. Na profundidade, esta narrativa representa a
vinda do Messias Moisés (Marte) e a necessidade de permanência dos cultos à Mãe
(Vênus).
A lenda de Ichtar e da saga hebraica dos benjamitas está
repleta de alusões à relação feminino-venusina, seja pela sua designação como
Casa do Céu (a Casa é a Mãe e o Céu é o Pai), pelas 60 pragas (6 é o número
superior de Vênus), os 7 demônios (7 é o número alquímico de Vênus), pelos 600
Benjamitas que sobreviverão, mas que não podiam ter filhos. Significa que Marte
sempre deve estar associado a Vênus, sob o risco da esterilidade da terra e da
vida como um todo. Nos signos esta representação é feita pela associação de
signos opostos, segundo a analogia e harmonia dos contrários. Aries e Escorpião
(regidos por Marte) tem por signos opostos Libra e Touro (regidos por Vênus),
respectivamente. Assim Moisés (filho de Marte) trouxe a lei hebraica para ser
equilibrada e completada por Jesus (filho de Vênus). Moisés sabia disso quando
deu sua bênção aos filhos de Israel:
"Disse também a Benjamim: o muito amado do Senhor
habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e
descansará entre seus braços." (Deuteronômio 33:12)
Este desígnio foi esquecido por Israel quando as onze
tribos se juntaram para acabar com a tribo de Benjamim, proibindo as mulheres
de casar com seus filhos (vide ano 1150 a.C.). Justamente a eles, os benjamitas
de longos cabelos, será confiada Jerusalém, a Casa, a Mãe, sede do Altíssimo,
representada pelo Templo.
2750
a.C. -
Período em torno do qual deve ter reinado o lendário Guilgamesh, rei de Uruk
que inspirou o famoso épico que leva seu nome. É retratado como o quinto rei de
Uruk, sucedendo aos míticos Lugalbanda e Dumuzi. Deve ter vivido cerca de 126
anos, pela genealogia. Na Epopéia de Guilgamesh é relatado um dilúvio, que bem
pode ser situado em 4000 a.C., segundo as evidências geológicas.
2720 a.C. - Segundo Heródoto, Tiro (a bíblica Filha de Sidon) remonta a esta época.
2550-2250 a.C. - Período de Tróia II, quando então serviu de residência real. Foi um dos primeiros lugares onde existiu o trabalho em bronze, ouro e prata em grandes quantidades. Pelo visto, parte do tesouro encontrado por Schliemann em 1873 pertencia a esta época. Supunha-se, inicialmente, que fossem de Príamo os mais de 12 mil objetos de ouro, jóias, colares, alfinetes e vasos encontrados. Com o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, estes objetos foram parar em Moscou. A famosa cidade mítica da Ilíada de Homero estava situada 3m acima nas escavações, tendo sua construção estimada em torno de
1700 a.C. - Era a maior e mais suntuosa de todas as descobertas até então.
2500 a.C. - Registro dos primeiros cretenses na Ilha de Creta. Suas origens ainda nos são desconhecidas. Os Minóicos adoravam uma deusa-mãe, cujo símbolo era o machado com dois gumes, chamado labrys. Seu nome lembra a lenda de Teseu e o Minotaurus, o Touro (símbolo da Mãe Terra) de Minos. De acordo com a lenda, Daedalus construiu o labirinto para Minos para abrigar o Minotaurus devorador de homens. Depois da conquista, os gregos absorveram essas lendas.
2500 a.C. - Evidências arqueológicas reconhecem, no vale do Indo, uma civilização urbana comparável à do Egito e Mesopotâmia nesta época, principalmente em Harappa e Mohenjo-Daro.
2720 a.C. - Segundo Heródoto, Tiro (a bíblica Filha de Sidon) remonta a esta época.
2550-2250 a.C. - Período de Tróia II, quando então serviu de residência real. Foi um dos primeiros lugares onde existiu o trabalho em bronze, ouro e prata em grandes quantidades. Pelo visto, parte do tesouro encontrado por Schliemann em 1873 pertencia a esta época. Supunha-se, inicialmente, que fossem de Príamo os mais de 12 mil objetos de ouro, jóias, colares, alfinetes e vasos encontrados. Com o final da Segunda Grande Guerra, em 1945, estes objetos foram parar em Moscou. A famosa cidade mítica da Ilíada de Homero estava situada 3m acima nas escavações, tendo sua construção estimada em torno de
1700 a.C. - Era a maior e mais suntuosa de todas as descobertas até então.
2500 a.C. - Registro dos primeiros cretenses na Ilha de Creta. Suas origens ainda nos são desconhecidas. Os Minóicos adoravam uma deusa-mãe, cujo símbolo era o machado com dois gumes, chamado labrys. Seu nome lembra a lenda de Teseu e o Minotaurus, o Touro (símbolo da Mãe Terra) de Minos. De acordo com a lenda, Daedalus construiu o labirinto para Minos para abrigar o Minotaurus devorador de homens. Depois da conquista, os gregos absorveram essas lendas.
2500 a.C. - Evidências arqueológicas reconhecem, no vale do Indo, uma civilização urbana comparável à do Egito e Mesopotâmia nesta época, principalmente em Harappa e Mohenjo-Daro.
2350
a 2250 a.C. -
Período da civilização de Ebla, descoberta em 1968 por arqueólogos italianos em
Tell Mardikh, ao sul de Alepo, na Síria. Escritos datando desta era foram
encontrados nos arquivos do palácio, em escrita cuneiforme adaptada à escrita
eblaíta, em vias de ser decifrada. Os textos têm equivalência de termos
sumerianos, tal qual a Pedra da Roseta. Ebla, estima-se, deve ter tido uma
população de 20 a 30 mil habitantes, muito grande para a época. Foi vassala de
Alepo até 1600 a.C., quando capitulou ante os hititas de Hatusil I e Mursil I.
Inscrições sumérias e acádicas do terceiro milênio a.C. referem-se a Ebla como
poderosa e próspera. Segundo elas, Ebla teria sido dominada entre 2340-2300 por
Sargão, de Acádia, e mais tarde por seu neto, Naram-Sin, em 2250-2220.
2300
a 2000 a.C. -
Muitos assentamentos na Grécia são destruídos, parece, por invasores da
Anatólia falando uma linguagem que, provavelmente, se tornou o grego. 2100 -
Segundo os antigos, época do reino de Belo. Segundo a história, Belo foi
estabelecer uma colônia na Babilônia, levando consigo o sacerdócio ao modo dos
egípcios. Ele nascera de Líbia e de Netuno, isto é, filho de uma africana e de
um habitante vindo do mar. O culto de Belo, Bel ou Baal estava no princípio
identificado ao deus Sol, à semelhança da cultura americana. 2100a1600 - A
população grega recupera-se gradualmente, em grupos e instituições culturais.
No final do período Micenas era um estado próspero e poderoso, comandando uma
fértil planície no sul da Grécia, familiarizados com o cavalo embora sem
montá-lo, e comercializando com os Cicládicos e com Creta.
A história da Grécia Antiga começa entre 1900 e 1600 a.C..
Neste tempo, os Gregos ou Helenos, como chamavam a si mesmos, eram simples
pastores nômades. Sua linguagem mostra que pertenciam a um braço dos povos
indo-europeus. Vindos de campos a leste do mar Cáspio, mandavam seus rebanhos e
manadas à sua frente. Entraram na península pelo norte, grupo após grupo.
Os Aqueanos de Cabelos Longos e as tribos semitas
Os primeiros invasores foram os Aqueanos de cabelos
longos, sobre os quais falou Homero. Ora, aqui vemos um precursor do que
ocorreria com os Benjamitas: a fuga de uma tribo de Israel para a região da
Grécia. Sabemos que a tribo Dan era afeita ao mar e às grandes viagens. As
notícias de que teriam iniciado o culto da Deusa sob a forma de Danna ou Diana
tem ainda mais fundamento quando sabemos que este povo, os Aqueanos, se
confundem muito com a tribo de Dan. Em primeiro lugar, à semelhança dos
Aqueanos, os da tribo de Dan eram conhecidos pelos seus cabelos longos. Seu
mais famoso filho foi Sansão, cuja poderosa força advinha dos cabelos. Os
livros bíblicos do Macabeus, I e II, mostram inequivocamente a ligação muito
antiga dos judeus com os gregos de Esparta. Os espartanos, chamados na Bíblia
pela denominação de Homero Lacedemônios, receberam uma embaixada judia e
corresponderam-se com Jônatas, governante da Judéia de 160 a 143 a.C.. Seu
governante, Ario, referiu-se assim aos antigos laços entre Esparta e a Judéia:
"Ario, rei dos Espartanos, ao sumo sacerdote Onias,
saúde. Achou-se aqui uma escritura sobre os espartanos e os judeus que eles são
irmãos, e que todos vêm da linhagem de Abraão." (Macabeus I, 12:20-21)
Além disso, como nos lembra Thucydides na sua "Guerra
do Peloponeso":
"Antes da guerra de Tróia não há qualquer indicação
de ação comum em Hellas, nem mesmo na prevalência do nome; ao contrário, antes
do tempo de Helena, filha de Deucalion, nenhum nome desses existia, e o país
adotou os nomes das diferentes tribos, em particular os Pelásgicos. Não foi
senão até que Helena e seus filhos crescessem fortes em Phthiotis, e fossem
convidados como aliados nas outras cidades, que um por um eles gradualmente
adquiriram a conexão com o nome de Helenos; levou um longo tempo até que o nome
se fixasse sobre os outros. A melhor prova disso é fornecida por Homero.
Nascido muito depois da guerra de Tróia, ele em nenhum lugar chama a todos eles
pelo nome, nem mesmo qualquer um deles, exceto os seguidores de Achilles de
Phthiotis, que eram os Helenos originais. Em seus poemas eles são chamados
Danaans, Argives, e Achaeans." (Thucydides,
The Peloponnesian War, Book I, I.3, Enc. Britannica, 1952, pp. 349-350)
A capital dos Aqueanos era Micenas. Os dóricos vieram
talvez três ou quatro séculos depois (1600-1500), subjugando seus parentes
Aqueanos. Outras tribos, como os Aeolianos e Ionianos, fixaram residência
principalmente nas ilhas do Mar Egeu e costa da Ásia Menor. Essas terras que
eles invadiram pertenciam à desenvolvida civilização Minóica, subjugada
definitivamente em 1450 a.C..
Os Gregos invasores ainda estavam no estado bárbaro, saqueando e destruindo as cidades Egéias. Gradualmente, à medida que foram se casando com a população local foram absorvendo e desenvolvendo sua cultura.
Os Gregos invasores ainda estavam no estado bárbaro, saqueando e destruindo as cidades Egéias. Gradualmente, à medida que foram se casando com a população local foram absorvendo e desenvolvendo sua cultura.
Separados por barreiras de mar e montanhas, por orgulhos e
invejas, as várias cidades-estado independentes nunca conceberam a idéia de
unidade num mundo grego sob uma única unidade política. Formaram alianças
apenas quando alguma cidade-estado poderosa embarcava numa ação de conquista e
tentava fazer de si mesma senhora do restante. Muitas influências contribuíram
para a unidade lingüística, uma religião comum, literatura comum, costumes
similares, ligas religiosas, festivais e os Jogos Olímpicos, mas mesmo em
tempos de invasão estrangeira era difícil induzir as cidades a agir
conjuntamente.
Os micênicos adoravam os conhecidos deuses do Olimpo.
Dentre todas as deusas, nenhuma era mais amplamente venerada que Afrodite, a
deusa do amor. Os Romanos a chamavam Vênus. Na "Ilíada" de Homero,
Afrodite era filha de Zeus e Dione, uma deusa Titã. Outras histórias contam
como ela se expandiu, cresceu da espuma do mar próximo da ilha Cythera. Aphros,
em grego, significa "espuma". De lá Zephyrus, o vento ocidental, carregou-a
gentilmente numa concha até Chipre, que era sempre vista como seu lar real. Lá
as Horas a encontraram, vestiram-na e trouxeram-na até os deuses. Todo deus,
inclusive Zeus, desejava essa bela e dourada deusa como sua esposa. Afrodite
orgulhava-se em rejeitá-los. Para puni-la, Zeus entregou-a a Hephaestus
(Vulcano na mitologia romana), o coxo e feio deus da forja. Esse artesão de bom
coração construiu para ela um esplêndido palácio em Chipre. Afrodite logo
deixou-o por Ares (Marte), o belo deus da guerra. Um de seus filhos foi Eros
(Cupido), o alado deus do amor.
2000
a.C. - É
construído o palácio de Knossos, em Creta. Nos próximos 300 anos serão
construídos os palácios de Zakro, Mallia e Phaistos, marcando o nascimento dos
primeiros estados cretenses. Não se sabe a época em que viveu o lendário rei
Minos, mas pode-se situá-lo nesta época da construção dos grandes templos.
Os cários na
europa e na América
Contemporâneo a Minos temos um povo muito intrigante, os
Cários. A Cária era um país situado na Anatólia, a sudeste da Europa, em cujo
litoral estavam as famosas cidades de Halicarnassus e Mileto. Halicarnassus era
o local do famoso mausoléu que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Mileto era cidade natal do famoso Thalkes, de origem fenícia. Próximo ficava Rhodes,
também sede de uma das sete maravilhas, o famoso Colosso. Heródoto nos descreve
a importância real da Cária no passado:
"Os Cários eram uma raça que veio para o continente a
partir das ilhas. Nos tempos antigos estavam sujeitos ao rei Minos, e o foram
pelo nome de Leleges, residindo nas ilhas e, tão longe quanto pude ir em minhas
pesquisas, nunca sujeitos a prestar tributo a qualquer homem. Eles serviram a
bordo dos barcos do rei Minos quando ele requeria; e então, como ele era um
grande conquistador e prosperou em suas guerras, os Cários eram, nos seus dias,
de longe os mais famosos de todas as nações da terra. Também foram os
inventores de três coisas as quais os gregos copiaram. Foram os primeiros a
colocar cristas nos capacetes e a colocar dispositivos nos escudos, e também
inventaram punhos para os escudos. Nos tempos antigos os escudos eram sem
punhos, e seus usuários os manejavam pela ajuda de uma tira de couro que eles
penduravam em torno do pescoço e do braço esquerdo. Muito tempo depois de Minos
os Cários foram retirados das ilhas pelos Ionios e Dóricos, e então
estabeleceram-se no continente. Isto é o que os cretenses contam dos Cários. Os
Cários mesmo dizem algo muito diferente. Eles sustentam que eram os habitantes
originais da parte do continente onde agora habitam, e nunca tiveram outro nome
que este que ainda levam."(Herodotus, The History, Book I, 171, Enc. Britannica,
1952, pp. 38-39)
Essas cristas são, na realidade, uma característica da
América. Era um hábito estranho ao mundo europeu, como acentuou Heródoto. Isto
corrobora a afirmação das andanças desses povos pela América. Veremos novamente
estas cristas na grande invasão dos Povos do Mar, um povo do qual quase nada se
sabe. Varreram o Mediterrâneo e eram caracterizados pelas vestimentas maias,
incluindo a crista de penas (vide 1194 a.C.).
Diodoro de Sicília (90-21 a.C.), escrevendo em 50 a.C.,
disse que os Cartagineses seguiram na navegação os rastos dos Cários nos mares
do oeste. Os Cários usavam penas como os índios americanos. Segundo alguns
historiadores foram deixando na maior parte da América seu nome, estabelecendo
uma dinastia de sua raça que reinava em Quito, capital do Equador. Plutarco, em
seu Tratado das manchas no orbe lunar, nos conta que, abrangendo todo o
ocidente além das Colunas de Hércules, o continente em que reinava Merope foi
visitado por Hércules numa expedição que fez para o oeste, e que seus
companheiros ali apuraram a língua grega, que começava a adulterar-se. Segundo
Heródoto, as origens gregas estariam na América. Ora, os indícios de que as
culturas de Cuzco, no Peru, Yucatán, no México, San Agustín, na Colômbia,
apresentam na filologia a presença dos Cários é gritante. O prefixo car aparece
em numerosas culturas ameríndias. Entre os indígenas de Honduras, figura a
tribo dos caras. No centro e no sul de uma vasta região contígua vivem as
tribos dos caricos, carihos, caripunos, carayas, caras, carus, caris, carais,
caribos, Cários, carannas, caribocas, cariocas, caratoperas, carabuscos,
cauros, caricoris, cararaporis, carararis, etc.. Isto pode não significar uma
prova, mas é significativo que todas as tribos em cujo nome aparece o prefixo
"car" chamem os brancos europeus de "caras". Carioca, por
exemplo, na língua guarani significa "terra dos homens brancos".
Sabemos que os cartagineses se instalaram na Espanha, onde
Amílcar Barca estabeleceu a dinastia bárcida. Numância, a capital dos arévacos,
caiu em 133 a.C. sob os romanos de Públio Cornélio Cipião, depois de oito meses
de assédio. Morreram todos após o prolongado sítio? Tartéssios, cartagineses,
"novos" ou antigos cários, fenícios, cananeus ou semitas não
sobreviveram? E os que estavam navegando em numerosas naus cartaginesas? Foram
capturados todos pelos romanos? Muitos certamente optariam por rumar para Cádiz
rumo às paradisíacas ilhas além do oceano. Os fenícios eram tírios, sidônios, giblitas,
cartagineses, mótios, cários, etruscos ou pelasgos, sem contar os bíblicos
cananeus, edomitas, moabitas, amorreus, hititas, fariseus ou jeveus que Jeová,
no Êxodo XI prometeu a Moisés expulsar. E apesar de tantas expulsões e perseguições,
os fenícios conservaram o domínio do Mediterrâneo durante muitos séculos.
Se Alexandre Magno os expulsou de Sidon e Tiro, eles estabeleceram-se em Túnis, na Espanha. A história nos mostra - e disso esta cronologia fornece exaustivos exemplos - que os semitas, a começar pelos hebreus, foram dos mais perseguidos e nômades povos do mundo, sempre sobrevivendo através dos séculos com uma pertinência assustadora. Sua perenidade extrapola qualquer limite físico que possa lhes ser imposto. Mesmo hoje, após os exemplos recentes de massacres de judeus, tibetanos, afegãos, curdos e palestinos o que vemos é uma continuação desta saga, cuja perseguição desmedida é proporcional à necessidade de seus perseguidores de manterem e justificarem sua própria unidade como tal. Para conseguir tal unidade, freqüentemente a receita dos conquistadores tem sido unir forças contra um inimigo comum, desviando a atenção de seus reais problemas internos. Exemplos como as Cruzadas e a II Grande Guerra já nos bastariam. Mas, infelizmente, a História não se cansa de nos mostrar sagas desse tipo.
Se Alexandre Magno os expulsou de Sidon e Tiro, eles estabeleceram-se em Túnis, na Espanha. A história nos mostra - e disso esta cronologia fornece exaustivos exemplos - que os semitas, a começar pelos hebreus, foram dos mais perseguidos e nômades povos do mundo, sempre sobrevivendo através dos séculos com uma pertinência assustadora. Sua perenidade extrapola qualquer limite físico que possa lhes ser imposto. Mesmo hoje, após os exemplos recentes de massacres de judeus, tibetanos, afegãos, curdos e palestinos o que vemos é uma continuação desta saga, cuja perseguição desmedida é proporcional à necessidade de seus perseguidores de manterem e justificarem sua própria unidade como tal. Para conseguir tal unidade, freqüentemente a receita dos conquistadores tem sido unir forças contra um inimigo comum, desviando a atenção de seus reais problemas internos. Exemplos como as Cruzadas e a II Grande Guerra já nos bastariam. Mas, infelizmente, a História não se cansa de nos mostrar sagas desse tipo.
As migrações semitas
Desta época de 2000 a.C. remontam movimentos migratórios
semitas e as origens da Grécia. Num relatório à Academia das Inscripções e
Bellas Lettras pelo estudioso C. Renan (t.23, leitura de 9 de outubro de 1857),
Renan "não admite que a Grécia tenha feito aos fenícios empréstimos para
seus cultos mais antigos, particularmente aos que parecem ter raízes mais
profundas no solo pelásgico. Estes mitos, diz ele, figuram em Hesíodo e Homero
como velhas tradições cuja origem é desconhecida". Ora, as divindades
pelásgicas, gregas e romanas tem seus nomes ou etimologias exatas na língua
quíchua, donde resulta terem sido importadas da América equatorial. Tanto o
novo como o antigo continente tinham construções ciclópicas, e muito
semelhantes, como é o caso dos zigurates da Babilônia e as pirâmides aztecas.
De ambos os lados do oceano existem tradições dos gigantes e das amazonas. As
idéias mitológicas e o estudo dos astros eram idênticos na Ásia, Egito e
América.
Quanto aos hebreus, muito costumes seus encontram-se nos
povos americanos; as vestimentas e atributos sacerdotais desses eram idênticos
aos que se vêem nos monumentos egípcios. A circuncisão fazia-se igualmente no
Egito, na América e entre os hebreus; e note-se que esses últimos praticavam-na
com uma pedra afiada, como os índios da América equatorial.
De todas as conjecturas acerca dos descobridores da
América em época pré-colombiana, uma das mais apaixonantes tem por centro a figura
enigmática de Quetzalcoatl, a Serpente Emplumada, deus do vento e da água.
Segundo uma das versões da lenda, Quetzalcoatl era o príncipe tolteca de Tula,
cidade situada a cerca de 65 km a norte da posterior capital asteca,
Tenochtitlán (Cidade do México), e reinou no século X da Era Cristã. Isolado no
seu palácio, e sem jamais se ver em um espelho, Quetzalcoatl provocou a ira
contra si próprio pelo fato de oferecer borboletas em sacrifício aos deuses,
poupando os seres humanos. Os feiticeiros convenceram-no a entregar-se à bebida
e a seduzir uma sacerdotisa; seguidamente, deram-lhe um espelho para que
observasse a sua face marcada pela corrupção ou pela idade (as opiniões
divergem). Destruído o seu mistério real, Quetzalcoatl fugiu apressadamente para
o litoral próximo da atual Veracruz, e fez-se ao mar prometendo regressar um
dia para recuperar o seu tesouro e governar o seu povo.
Quando Hernán Cortés e seu grupo de conquistadores
barbados vindos de Cuba desembarcaram nas imediações do local onde Quetzalcoatl
partira, Montezuma II, chefe dos astecas, ouviu descrições dos visitantes que
correspondiam à tradição tolteca: segundo a profecia, os deuses retornariam sob
a forma de "homens brancos de barbas, vestidos de cores diversas e com as
cabeças cobertas por objetos redondos ... montados em animais semelhantes aos
veados e outros em águias que voariam como o vento." Nitidamente, o hábito
não-sacrificador do deus denota a usurpação do trono por algum estrangeiro
"branco". Uma das teorias mais aceitas é a de que seria um
descendente Viking desgarrado das frotas que se dirigiram à Islândia e aos
Estados Unidos (Vinland) por esta mesma época.
Mas se olharmos a obra Comentarios Reales que Tratan de la Origen de los Incas, Garcilaso de la Vega (1540-1616 d.C.), filho de uma princesa inca, alude à tradição da chegada, muitos séculos atrás, de gigantes vindos do mar: "Um dia apareceram grandes jangadas de junco ... tripuladas por homens tão altos que uma pessoa de estatura vulgar mal lhes chegava aos joelhos. Eram no entanto muito bem proporcionados. Tinham olhos enormes, todos eles usavam barba e os cabelos caíam-lhes sobre os ombros." Resguardado o exagero da altura, a característica da raça branca típica fica clara. Para corroborar a hipótese de participação fenícia ou semítica (vide mais detalhes no ano 965 a.C.), vale mostrar a seguinte representação de uma escultura pré-colombiana. O rosto fino de oval alongado, o nariz grande e aquilino e a barba pontiaguda apresentam características mais semitas que índias. A fronte desta cabeça é cingida por uma tiara e ornamenta um incensório descoberto nas escavações de Iximché, na Guatemala:
Mas se olharmos a obra Comentarios Reales que Tratan de la Origen de los Incas, Garcilaso de la Vega (1540-1616 d.C.), filho de uma princesa inca, alude à tradição da chegada, muitos séculos atrás, de gigantes vindos do mar: "Um dia apareceram grandes jangadas de junco ... tripuladas por homens tão altos que uma pessoa de estatura vulgar mal lhes chegava aos joelhos. Eram no entanto muito bem proporcionados. Tinham olhos enormes, todos eles usavam barba e os cabelos caíam-lhes sobre os ombros." Resguardado o exagero da altura, a característica da raça branca típica fica clara. Para corroborar a hipótese de participação fenícia ou semítica (vide mais detalhes no ano 965 a.C.), vale mostrar a seguinte representação de uma escultura pré-colombiana. O rosto fino de oval alongado, o nariz grande e aquilino e a barba pontiaguda apresentam características mais semitas que índias. A fronte desta cabeça é cingida por uma tiara e ornamenta um incensório descoberto nas escavações de Iximché, na Guatemala:
2000-1600
a.C. -
Segundo os arqueólogos, neste período ocorreu a migração do ramo ariano, os
indo-arianos, para a Índia. Segundo as mesmas fontes, a ele se deve o sânscrito
e uma religião calcada em sacrifícios rituais e à veneração a Agni, deus do
fogo, Varuna, deus dos mares, e Yndra, deusa da chuva e do trovão.
2000-1750 a.C. - OS PATRIARCAS DE ISRAEL
Por esta época são situados os Patriarcas de Israel:
Abraham, Isaac e Jacob. Existe muita discordância quanto à época em que viveram
os patriarcas, mas é plausível que tenham se centrado neste período. Thare
tomou seu filho, Abram (mais tarde será chamado Abraham) de Ur, na Mesopotâmia,
que juntamente com a esposa Sarai migrou com o clã até o noroeste. A intenção
era ir a Canaan, mas acabaram se assentando perto de Haran (Síria). Thare
morreu em Haran com 205 anos de idade. Em Haran, Deus chamou a Abram,
dizendo-lhe para se dirigir a um novo local que lhe seria mostrado. Abram (75),
recebeu também a promessa de que seria feito de seu povo uma grande nação. Foi
a primeira aliança de Deus com os hebreus. Abram, Sarai, seu sobrinho Lot e seu
clã atravessaram a Síria até Canaan, chegando a Shechem, cidade costeira logo
ao sul de Biblos. O trajeto de Ur a Haran e de lá a Shechem era comprovadamente
uma tradicional rota comercial da época.
Em Shechem aparece o Senhor novamente a Abram, dando
aquela terra a seus descendentes. Sendo Sarah estéril, Abram (86) teve o filho
Ismael com a escrava de Sarai, Hagar. Depois de Ismael, o Senhor aparece
novamente a Abram (99) renovando seu pacto e chamando-o, a partir daí, de
Abraham, e à sua mulher de Sara (90). Deus determina que Abraham e todos os
machos, à partir dos oito dias, façam a circuncisão como sinal do pacto. Diz o
Senhor, então, a Abraham e Sara, que teriam um filho, o que a princípio não crêem.
Um ano depois eles têm Isaac. Pela Aliança, Isaac continuaria a governar o
povo. Após a morte de Sara, Abraham casou-se com Keturah e teve muitos filhos,
os quais cresceram e herdaram Canaan e as terras para onde se dirigiram. Isaac
sozinho herdou a Terra Prometida. Abraham morreu com 175 anos. Quando Isaac
tinha 60 anos nasceram os gêmeos Esaú e Jacob. A Aliança de Deus foi renovada
com Isaac e Jacob, e fez dos hebreus o povo escolhido. Jacob morrerá com 147
anos. A tradição islâmica afirma que Abraham, auxiliado por seu filho Ismael,
construiu em Meca a Kaaba, centro nevrálgico de toda devoção islâmica. A árvore
que deles nascerá será muito frondosa. Alguns
dos principais participantes desta genealogia são:
GENEALOGIA HEBRAICA
Como de resto todo o Pentateuco, a narração dos
acontecimentos desta época ficou a cargo de Moisés. Segundo ele, Jacob, em seu
leito de morte, chama a seus filhos e lhes divide o reino nas onze tribos. Suas
bênçãos são destacadas para 2 filhos: Judá e José. De Judá diz:
"Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão subjugará
as cervizes de teus inimigos: os filhos de teu pai te adorarão. Judá é como um
cachorro de leão: subsiste, meu filho, à presa: deitaste-te para descansar como
o leão, e como a leoa: quem se atreverá a despertá-lo? Não se tirará o cetro de
Judá, nem general que proceda da sua cocha, menos que não venha aquele, que
deve ser enviado. E ele será a expectação das gentes." (Gênesis 49:8-10)
O nazareno José e o Lobo Benjamim
José, o penúltimo chamado, recebe uma bênção especial de
Jacob; por último, Benjamim recebe a bênção. Seguindo a antiga máxima segundo a
qual "os últimos serão os primeiros", José e Benjamim parecem ser os
mais destacados na benção de Jacob. Todavia, ambos serão perseguidos por seus
irmãos: enquanto José será vendido como escravo para o Egito, os da tribo de
Benjamim serão banidos e quase aniquilados por seus irmãos no século XII a.C..
Pela distinção feita a José entendemos o porque da ênfase dada na M\pela
tríplice saudação a José quando da abertura e fechamento da L\. Benjamim,
veremos, é o preferido do Senhor, como nos dirá Moisés mais adiante. A ligação
íntima entre José e Benjamim é muito clara: ambos são uma alusão muito forte ao
culto da Mãe, referido constantemente na Bíblia como pagão.
Moisés mesmo, descendo do monte com as tábuas, encontra
seu povo adorando o bezerro de ouro, símbolo da mãe. O próprio Deus repudiou
tal fato, somente contornado graças à intervenção de Moisés. Este é o papel do
homem: servir de intermediário entre Deus Pai e a Mãe. Mas, como veremos, é
muito difícil para o homem discernir este dualismo. Na bênção de Jacob sobre
José somos forçados a pensar mais profundamente na intenção do patriarca Jacob,
quando diz a José (ou antes o IOSE), o representante de Jeová ou Júpiter:
"José, filho que cresce, filho que se aumenta, e
formoso de aspecto: as moças andaram por cima do muro. Mas exasperaram-no e
estimularam-no, e invejaram-no os que tinham dardos. O seu arco susteve-se no
forte; e as prisões dos seus braços, e das suas mãos foram rotas pela mão do
forte de Jacob: dali saiu ele para ser o pastor, a pedra de Israel. O Deus de
teu pai será o teu Protetor; e o Todo-Poderoso te abençoará com a bênção do
alto céu; com as bênçãos do abismo inferior: com as bênçãos das tetas, e da madre.
As bênçãos de teu pai excederam às que ele recebeu de seus pais: e elas durarão
até que venha o desejo dos outeiros eternos. Derramem-se essas bênçãos sobre a
cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele, que é como um nazareno entre
seus irmãos." (Gênesis, 49:25-26)
Lembramos nitidamente o papel de José como o Dumuzi de
Ichtar, ou o Adônis de Vênus (vide ano 2900-2500 a.C.), e seu papel ligado
simultaneamente ao Pai e à Mãe, como o judeu-egípcio que foi, o protegido de
Jeová que harmoniosamente assentou-se com os "pagãos" egípcios. O Deu
referido pelos hebreus representava o Pai, e a terra do Nilo representava a
Mãe, a Terra, pois seu nome original era Kem, Terra Negra. Da mesma forma
Benjamim - que significa o adorado, o amado de Deus - é referido por Jacob como
um lobo arrebatador, numa clara alusão à mãe, tal qual a loba romana que, com
suas tetas, alimentará os fundadores de Roma séculos mais tarde:
"Benjamim será como um lobo arrebatador; ele pela
manhã devorará a presa, e à tarde repartirá os despojos." (Gênesis 49:27)
Muito tempo de passará antes que os hebreus entendam isso.
Se a Rômulo e Remo coube a dádiva de Roma, a Benjamim coube a cidade de
Jerusalém, conhecida por JEBUS, centro do reino judeu. Séculos mais tarde, a
vinda do nazareno Jesus (ou antes o IESO ou IESU) trazendo a Lei do Amor
venusino, herdará, como verdadeiro rei, a cidade benjamita de JEBUS. Jesus foi
filho de outro José, homônimo do filho nazareno de Jacob. Como veremos adiante,
o título de nazareno nada tem a ver com a cidade de Nazareth.
Esta bênção de Deus é reforçada por Moisés pouco antes de
sua morte. Novamente se verá as bênçãos do Senhor sobre as tribos, e Benjamim e
José novamente são abençoados um após o outro, desta vez com Benjamim primeiro
e José após:
"Disse também a Benjamim: O muito amado do Senhor
habitará nele confiadamente: morará como em tálamo nupcial todo o dia, e
descansará entre seus braços. Disse também a José: A tua terra será cheia das
bênçãos do Senhor, dos frutos do céu e do orvalho, e do abismo que está
debaixo; dos frutos produzidos por virtude do Sol e da Lua; dos frutos que
crescem sobre os montes antigos e sobre os outeiros eternos; e dos frutos da
terra e de toda sua abundância. A bênção daquele que apareceu na sarça venha
sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça do Nazareno entre seus irmãos.
A sua formosura é como a do primogênito do touro; os seus cornos são como os
cornos do rinoceronte; com eles levantará ao ar todas as gentes até as
extremidades da terra; tais são as tropas inumeráveis de Efraim; e tais são os
milhares de Manassés." (Deuteronômio 33:12-17)
Novamente nos reportamos à saga de Ichtar e Dumuzi e às
alusões à mãe (o touro) e ao pai, ou seja, à Lua e ao Sol. E desta vez temos
sobre os de Benjamim o destaque especial de escolhidos do Senhor. Antes disso,
entretanto, as onze tribos destruirão a tribo de Benjamim, e chorarão
amargamente...
1930
a.C. -
Creta: são construídos os primeiros palácios graças ao desenvolvimento da
cultura Minóica e ao contato com o Egito e os povos do Levante (Síria, Fenícia,
Canaan). O comércio minóico chega à costa da Sicília, Chipre, Anatólia
Ocidental, Levante e Egito.
1899
a.C. -
Possível época do rei Midas, da Phrygia. Ele viveu 400 anos antes do Dilúvio de
Deucalião. Como vimos em 9500 a.C., Sileno ensinou a Midas, rei da Phrygia, a
existência de um verdadeiro e único continente, de imensa extensão e habitado
pelos Merópios, ao qual Theopompo chamou Merópis.
1850-1250
a.C. -
Período de florescimento de Tróia VI, aquela relatada por Homero na Ilíada. A
importância de Tróia VI é comparável à de Micenas e Tirinto. O governante de
Micenas - Agamemnon - chefiou os gregos numa guerra contra os troianos. Na
cidade alta viviam os aristocratas e o rei. Desde 1988 foram descobertos novos
locais em Tróia que permitiram reconhecer na cidade uma importância estratégica
primordial na região nesta época. As escavações, realizadas por Manfred
Korfmann, levaram ao conhecimento de uma Tróia tão grandiosa que impérios
contemporâneos como os gregos e os hititas não puderam suplantar para obter o
domínio do estreito de Dardanelos, "e com ele a passagem do âmbar, que
descia pelos rios russos até o Mediterrâneo, e do estanho, indispensável para a
produção do bronze", segundo Eberhard Zangger, especialista em cultura clássica
e um dos decifradores da correspondência hitita. (Revista TERRA, maio/96, Ed.
Azul, p. 27) Um fosso que parecia não passar de 20 mil metros quadrados
revelou-se uma cidade com mais de 300 mil metros quadrados de superfície, a
sudoeste de Hisarlik. A descoberta foi feita com a ajuda de um magnetômetro de
césio, um instrumento utilizado para detectar construções soterradas. As
indicações remontam o núcleo ao ano 3000 a.C..
Cena de Circuncisão da tumba de Ankn-mahor VI dinastia (2323-2150 a.C.)
Art Publishers Lehnert & Landrock - Kurt & Edouard Lambelet, Cairo, Egypt)
De todas as conjecturas acerca dos descobridores da
América em época pré-colombiana, uma das mais apaixonantes tem por centro a
figura enigmática de Quetzalcoatl, a Serpente Emplumada, deus do vento e da
água. Segundo uma das versões da lenda, Quetzalcoatl era o príncipe tolteca de
Tula, cidade situada a cerca de 65 km a norte da posterior capital asteca,
Tenochtitlán (Cidade do México), e reinou no século X da Era Cristã. Isolado no
seu palácio, e sem jamais se ver em um espelho, Quetzalcoatl provocou a ira
contra si próprio pelo fato de oferecer borboletas em sacrifício aos deuses,
poupando os seres humanos. Os feiticeiros convenceram-no a entregar-se à bebida
e a seduzir uma sacerdotisa; seguidamente, deram-lhe um espelho para que
observasse a sua face marcada pela corrupção ou pela idade (as opiniões
divergem). Destruído o seu mistério real, Quetzalcoatl fugiu apressadamente
para o litoral próximo da atual Veracruz, e fez-se ao mar prometendo regressar
um dia para recuperar o seu tesouro e governar o seu povo.
Quando Hernán Cortés e seu grupo de conquistadores
barbados vindos de Cuba desembarcaram nas imediações do local onde Quetzalcoatl
partira, Montezuma II, chefe dos astecas, ouviu descrições dos visitantes que
correspondiam à tradição tolteca: segundo a profecia, os deuses retornariam sob
a forma de "homens brancos de barbas, vestidos de cores diversas e com as
cabeças cobertas por objetos redondos ... montados em animais semelhantes aos
veados e outros em águias que voariam como o vento." Nitidamente, o hábito
não-sacrificador do deus denota a usurpação do trono por algum estrangeiro
"branco". Uma das teorias mais aceitas é a de que seria um
descendente Viking desgarrado das frotas que se dirigiram à Islândia e aos
Estados Unidos (Vinland) por esta mesma época. Mas se olharmos a obra
Comentarios Reales que Tratan de la Origen de los Incas, Garcilaso de la Vega
(1540-1616 d.C.), filho de uma princesa inca, alude à tradição da chegada,
muitos séculos atrás, de gigantes vindos do mar: "Um dia apareceram
grandes jangadas de junco ... tripuladas por homens tão altos que uma pessoa de
estatura vulgar mal lhes chegava aos joelhos. Eram no entanto muito bem
proporcionados. Tinham olhos enormes, todos eles usavam barba e os cabelos
caíam-lhes sobre os ombros." Resguardado o exagero da altura, a
característica da raça branca típica fica clara. Para corroborar a hipótese de
participação fenícia ou semítica (vide mais detalhes no ano 965 a.C.), vale
mostrar a seguinte representação de uma escultura pré-colombiana. O rosto fino
de oval alongado, o nariz grande e aquilino e a barba pontiaguda apresentam
características mais semitas que índias. A fronte desta cabeça é cingida por
uma tiara e ornamenta um incensório descoberto nas escavações de Iximché, na
Guatemala:
Rosto fenício pré-Colombiano
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