A Mesopotâmia é
uma região histórica do Oriente Médio (Ásia), incluída no Iraque e banhada
pelos rios: Tigre e Eufrates. A palavra mesopotâmia, em grego, significa região
entre rios. Estendendo-se desde o Deserto da Síria , a N.O, até as margens do
Golfo Pérsico, a S.E., compreende duas áreas distintas:
O Planalto ou Alta Mesopotâmia,
de constituição geológica complexa, onde predominam formas muito eruditas;
A Planície ou Baixa Mesopotâmia,
de origem rudimentar recente, cheia de lagoas, pântanos e canais naturais.
Uma elevação de 75 metros de altura,
situada nas proximidades da cidade de Bagdá, marca o limite entre ambas.
É exatamente nesse ponto que se
aproximam bastante os cursos dos dois famosos rios: o Tigre, que
desce das montanhas do Curdistão, e o Eufrates, que procede do
Planalto da Anatólia, entrelaçando suas águas através de pântanos, lagos e
canais. Afastam-se a seguir, para reencontrarem-se pouco antes da foz,
fundindo-se num só: o Chat-el-Arab (Rio dos Árabes), que se lança no Golfo
Pérsico.
Em junho e julho, as águas desses
rios avolumam-se, devido à fusão das galerias existentes nas cabeceiras e pelas
fortes chuvas que caem nos cursos superiores e transbordam por sobre a
planície, fertilizando-se nas cabeceiras.
Essa rica planície atraiu uma série
de povos, que se encontraram e se misturaram, empreenderam guerra e dominaram
uns aos outros, formando o que denominamos "civilização mesopotâmica".
Entre esses povos temos:
- Os Sumérios
- Os Babilônicos
- Os Assírios
- Os Caldeus
Relações socias na Mesopotâmia
A sociedade mesopotâmica era dividida
em castas. Os sacerdotes, os aristocratas, os militares e os comerciantes
formaram castas privilegiada (a minoria). A maioria da população era formada
pelos artesões, camponeses e escravos.
A religião
Os mesopotâmicos adoravam diversas
divindades e acreditavam que elas eram capazes de fazer tanto o bem quanto o
mal. Os deuses diferenciavam-se dos homens por serem mais fortes,
todo-poderosos e imortais. Cada cidade tinha um deus próprio, e, quando uma alcançava
predomínio político sobre as outras, seu deus também se tornava mais cultuado.
No tempo de Hamurábi, por exemplo, o
deus Marduc da Babilônia foi adorado por todo o império.
A divindade feminina mais importante
era Ihstar, deusa da natureza e da fecundidade. Os Sumérios consideravam como
principal função a desempenhar na vida, o culto a seus deuses e quando
interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedra que os representavam
diante dos altares, para rezarem em seu nome.
Organização Política
Os pântanos da antiga Suméria (hoje
sul do Iraque), foram o berço das cidades-estados do mundo. As cidades-estados
pertenciam a um Deus, representado pelo Rei. A autoridade do Rei estendia-se a
todas as cidades-estados. Ele era auxiliado por sacerdotes , funcionários e
ministros .
Legislava em nome das divindades,
assegurava as práticas religiosas, zelava pela defesa de seus domínios,
protegia e regulamentava a economia.
O mais ilustre soberano da
Mesopotâmia foi Hamurábi, por volta de 1750 A.C., um Rei Babilônico, que
conseguiu conquistar toda a Mesopotâmia . Hamurábi fundou um vasto Império, ao
qual impôs a mesma administração e as mesmas leis. Era uma legislação baseada
na lei de Talião (Olho por Olho, Dente por Dente, Braço por Braço, etc)
É o famoso código de Hamurábi, o primeiro conjunto de
leis escritas da História.
A economia
A Mesopotâmia manteve sempre
permanente contato com os povos vizinhos. Babilônia e Nínive eram ligadas entre
si por canais e eram as duas cidades mais importantes. A navegação nos rios
Tigre e Eufrates era feita em barcos. As principais atividades econômicas eram
a agricultura e o comércio. Os mesopotâmios desenvolveram também a tecelagem,
fabricavam armas, jóias e objetos de metal; mantinham escolas profissionais
para o aprimoramento de fabricação de armas e cerâmicas.
Os comerciantes andavam em caravanas,
levando seus produtos aos países vizinhos e às regiões mais distantes.
Exportavam armas, tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e
perfumes.
Dessas terras traziam as
matérias-primas que faltavam na Mesopotâmia, como o Marfim da Índia, o Cobre de
Chipre e a madeira do Líbano.
A ciência
Embora a roda do oleiro tivesse sido
inventada nos tempos pré-históricos, foram os Sumérios que construíram os
primeiros veículos de rodas.
Desenvolvendo os conhecimentos
adquiridos pelos Sumérios, os Babilônicos fizeram novas descobertas, como o
Calendário e o relógio de Sol.
Os Caldeus, sem dúvida, os mais
capazes cientistas de toda a história mesopotâmica, tendo deixado importantes
contribuições no campo da astronomia. Os mesopotâmios também conheciam pesos e
medidas.
Devemos aos Mesopotâmicos, vários elementos
de nossa própria civilização, como:
- O ano de 12 meses e a semana de 07 dias,
- A divisão do dia em 24 horas,
- A crença nos horóscopos e os dozes signos do zodíaco,
- O habito de fazer o plantio de acordo com as fases da lua,
- O círculo de 360 graus,
- O processo aritmético da multiplicação.
A escrita
A invenção da escrita é atribuída aos
Sumérios.
Eles escreviam na argila mole com o
auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de
cunha (V), daí o nome de " escrita cuneiforme" .
Com cilindros de barro, os
mesopotâmicos faziam seus contratos , enquanto no Egito se usava o papiro.
Em 1986, foi descoberta por
arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas
bibliotecas do mundo, datada do século X - A.C..
A biblioteca continha cerca de
150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura
caracterizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.
A arquitetura
O edifício característico da
arquitetura suméria é o zigurate, depois muito copiado pelos povos que se
sucederam na região. Era uma construção em forma de torre, composta de
sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo.
Nas obras arquitetônicas os
mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos
esmaltados. Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de
condições mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus,
revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira e
argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram
iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.
A arte na Mesopotâmia
Para falarmos da arte desta
civilização que é um aglomerado de vários povos como os Sumérios, Assírios,
Babilônios, Hebreus, Fenícios,
Medos, Persas e Hititas, devemos dizer que a
Bíblia nos conta dos Tribunais de Justiça entre os Assírios, da Torre de Babel
e da faustosa Nínive.
Do cativeiro de 60 anos dos judeus e
da conquista de Nabucodonosor. Da sentença de Deus contra a grande prostituta e
das salvas da sua ira, que sete dos seus anjos derramaram sobre as terras do
Eufrates. Os profetas Isaías e Jeremias pintaram suas visões terríveis da
destruição do mais famoso entre os reinos.
Há pouco mais de um século, toda a
ciência Assíria era para nós um livro fechado. Hoje, será possível escrever a
história de mais de dois mil anos de Mesopotâmia e pintar os verdadeiros
caracteres de seus senhores.
A cólera do Senhor está situada
exatamente entre os rios Tigre e Eufrates.
Falar sobre a civilização nos faz
perceber um mistério que envolve todo um povo e uma história.
Esta civilização foi profeticamente
condenada a desaparecer. " Ele estenderá a mão contra o Norte e destruirá
a Assíria e fará de Nínive uma desolação e a terra árida como um deserto onde
tudo se deitará".
A terra entre os dois rios, escondeu
durante séculos, palácios, templos e estátuas de reis e deuses. Foi uma
civilização rica e cheia de mistérios. Os palácios suspensos , jardins
afrodisíacos ornados com tijolos vitrificados e alabastro, leões alados,
touros, águia e estatuas gigantescas denominadas de guerreiros de Jeová. Era
para nós um livro fechado e a poucos decênios os soberanos assírios nos
pareciam lendas e fantasmas.
Somente a Bíblia nos mostrava a
verdade desta civilização e não os fatos comprovados que a ciência necessita.
Passagens significativas como o Livro dos Mortos, Sodoma e Gomorra, Noé,
Moisés, Golias, Guerra de Tróia, a Ilíada e a Odisséia se eram estórias ou
lendas, realidade ou fantasia, o que podemos concluir é que nos foi deixado um
grande legado em esculturas, escritas, baixo relevo e pintura nas escavações
realizadas em 1840.
O povo desta época atingiu um alto
nível de desenvolvimento na matemática , astronomia, medicina e nas ciências.
A pintura era subsidiária da
escultura e a decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das
atitudes religiosas.
A pintura tinha ausência das três
dimensões, onde ignoravam a profundidade.
Nos baixos relevos, o uso de conchas,
mosaicos vitrificados e madrepérolas se sobressaiam nas colunas e muros.
Na música encontram-se instrumentos
gravados em pedras e do seu sistema musical nada chegou até nós.
Na decoração a pedra era esculpida em
frisos com motivos circulares e as combinações decorativas obtidas com suas
disposições variadas, descendem dos motivos antigos e bizantinos. O gesso entalhado
e o estuque, cujo emprego foi amplamente utilizado na Pérsia para revestir as
paredes.
A madeira era esculpida e com um
sistema de marchetaria encontravam-se nsa portas e sarcófagos.
Na cerâmica os jarros de bronze eram
criados com relevos ora lavrados, ora rendilhados com frisos e medalhões em
azuis-lazurita, verdes-turquesa, ouro, cinábrios, granadas e rubis.
O vidro era esmaltado, moldado e
entalhado na cor vermelha e dourado sobre fundo claro.
O bronze e o cobre e às vezes o ouro
eram muito usados nos utensílios ou para simples enfeite para portas.
Na religião os deuses deram
destaques:
- Anou - deus do Céu
- Enki – deus da Terra
- Nin-ur-sag – deus da Montanha
- Assur – deus Supremo
A relação com os deuses era marcada
pela total submissão às suas vontades.
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